Dólar atinge menor valor em um mês e bolsa de valores tem terceira queda consecutiva, após alta de juros no Brasil e redução nos EUA.

No dia seguinte à alta dos juros no Brasil e à redução de taxas nos Estados Unidos, o mercado financeiro brasileiro apresentou movimentações significativas. O dólar comercial encerrou o dia sendo cotado a R$ 5,424, registrando uma queda de R$ 0,038 (-0,7%) em relação ao dia anterior. Durante toda a sessão, a cotação da moeda norte-americana operou em queda, atingindo a marca de R$ 5,40 no ponto mais baixo do dia, por volta das 13h.

Essa queda no valor do dólar levou a moeda a atingir o menor patamar desde 19 de agosto. Apesar disso, a divisa ainda acumula um aumento de 11,76% no ano de 2024. A expectativa em torno das decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil tem influenciado diretamente a oscilação do mercado cambial.

Por outro lado, a bolsa de valores brasileira não apresentou um desempenho favorável, fechando o dia com o índice Ibovespa aos 133.123 pontos, o que representa uma queda de 0,47%. As ações de empresas ligadas ao consumo foram as mais impactadas, reflexo da expectativa de que o Banco Central brasileiro adote uma postura mais agressiva na política de elevação dos juros.

No cenário internacional, o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, surpreendeu ao reduzir a taxa de juros em 0,5 ponto percentual, estimulando assim a entrada de capitais em economias emergentes como a brasileira. Por sua vez, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic de 10,5% para 10,75% ao ano, indicando uma postura mais restritiva.

Esse aumento da diferença entre os juros do Brasil e dos Estados Unidos favorece a queda do dólar, enquanto desestimula os investidores a alocarem recursos na bolsa de valores, favorecendo os investimentos em renda fixa. O comunicado considerado agressivo do Copom sugere que o Banco Central pode adotar medidas mais drásticas nas próximas reuniões, o que tem impactado diretamente no mercado financeiro.

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