De acordo com informações da Secretaria Nacional de Gestão de Riscos equatoriana (SNGR), entre 23 de agosto e 18 de setembro, foram registrados os 1.337 incêndios florestais, afetando 21 das 24 províncias do Equador. A vegetação devastada pelos incêndios já atinge a impressionante marca de 23.452 hectares, com 12 incêndios ainda ativos.
A crise hídrica que o Equador enfrenta é um dos principais motivos para a intensificação dos incêndios. A ausência de chuvas tem levado a precipitações até 90% abaixo do normal na região de Sierra, agravando a situação da seca. Essa falta de água não apenas dificulta o combate aos incêndios, mas também tem impactado na geração hidrelétrica, resultando em apagões e cortes programados de eletricidade.
Além disso, a combinação da seca prolongada, dos fortes ventos de verão e das altas temperaturas, que chegam a 33ºC, tornam ainda mais desafiador o trabalho dos bombeiros no combate aos incêndios, especialmente nas áreas montanhosas. Autoridades apontam que vários desses incêndios foram provocados por ação humana.
Desde o início do ano até setembro, cerca de 35.000 hectares de florestas já foram consumidos pelo fogo no Equador, resultando em feridos e na morte de aproximadamente 45 mil animais da região. A situação requer não apenas a ação efetiva no combate aos incêndios, mas também medidas de prevenção e conscientização sobre a importância da preservação ambiental.
É essencial que o governo equatoriano intensifique os esforços para lidar com essa crise ambiental e social, protegendo não apenas a natureza, mas também a vida e o bem-estar da população afetada pelos incêndios florestais. A solidariedade e união de todos são fundamentais para superar esse desafio e evitar que tragédias como essa se repitam no futuro.