Durante a reunião, o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, destacou a importância de penalidades mais severas para desencorajar ações criminosas. Ele ressaltou que muitos incêndios deste ano foram causados por ações humanas, o que tem agravado a crise vivida no país. Mendes criticou a rapidez com que os responsáveis são liberados após serem presos, alegando que a punição não condiz com o dano causado à sociedade.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também expressou sua preocupação com a inconstitucionalidade de parte da lei que aumentava a pena para quem provoca incêndios criminosos em seu estado. Ele destacou a necessidade de uma revisão da legislação, para garantir maior autonomia aos governadores diante de situações emergenciais.
Os incêndios no país têm causado estragos significativos, com mais de 11 milhões de hectares queimados somente este ano. Os governadores presentes na reunião ressaltaram a urgência de ações mais eficazes para conter o avanço do fogo e preservar o meio ambiente.
Além das medidas de endurecimento das punições, foi discutida a necessidade de preparação e adaptação das regiões às mudanças climáticas, que têm afetado as estações de chuvas e secas. Os participantes destacaram a importância de estratégias de adaptação e resiliência diante do novo cenário climático.
A reunião contou com a presença de diversos governadores e ministros do governo federal, que se comprometeram a enviar um conjunto de medidas para mudar a legislação sobre incêndios florestais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estava cumprindo agenda no Maranhão, também manifestou seu apoio às ações integradas para enfrentar a crise dos incêndios no país.