Hezbollah promete “punição justa” a Israel por explosões de dispositivos de comunicação em bastiões do movimento no Líbano.

Em um discurso televisionado nesta quinta-feira, Hassan Nasrallah, líder do movimento libanês Hezbollah, reconheceu o impacto das explosões de dispositivos de comunicação atribuídas a Israel como um “duro golpe”. Nasrallah prometeu uma “punição justa” em resposta à ação, que ele descreveu como um “massacre” e “uma declaração de guerra”.

As explosões ocorreram em bastiões do Hezbollah no Líbano, resultando em 37 mortes e quase 3.000 feridos. Nasrallah alertou que Israel enfrentará “duras represálias e uma punição justa”. Durante seu discurso, aviões israelenses sobrevoaram Beirute, rompendo a barreira do som.

O líder do Hezbollah afirmou que o inimigo buscava matar não menos de 5.000 pessoas com as explosões, que atingiram membros do movimento. Nasrallah destacou que a luta contra Israel continuará até que a agressão em Gaza chegue ao fim, apesar do derramamento de sangue causado pelas explosões.

Enquanto Israel não se pronunciou sobre as explosões, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, indicou que o foco da guerra contra o movimento Hamas está se deslocando para o norte, em direção à fronteira com o Líbano. Trocas de disparos entre o Exército israelense e o Hezbollah têm sido frequentes nessa região nos últimos meses.

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, pediu uma “desescalada” no Oriente Médio, em meio ao aumento das tensões entre Israel e o Hezbollah. Enquanto isso, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, solicitou à ONU uma “postura firme” para deter a agressão israelense contra o Líbano.

Especialistas apontam que o Mossad, serviço de inteligência exterior israelense, pode estar por trás das explosões nos dispositivos de comunicação do Hezbollah. Uma investigação preliminar sugere que os aparelhos estavam pré-programados para explodir e continham materiais explosivos.

Em meio a essa escalada de violência, a comunidade internacional busca evitar uma nova guerra na região. O cenário é de grande tensão e incerteza, com as perspectivas de um cessar-fogo em Gaza ameaçadas pela escalada de conflitos no Líbano.

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