Repórter Recife – PE – Brasil

Nicolás Maduro acusa opositor de traição ao pedir “clemência” para sair da Venezuela e denuncia abuso de poder nas eleições presidenciais.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, teve uma reação surpreendente nesta quinta-feira (19) ao revelar que seu adversário nas eleições presidenciais, Edmundo González Urrutia, teria pedido “clemência” para conseguir sair do país e ir para a Espanha. Maduro afirmou que sente “vergonha alheia” pela postura de González Urrutia, que teria alegado ser coagido pelas autoridades venezuelanas para deixar o país e buscar refúgio no exterior.

“ao final me dá vergonha alheia que o senhor González Urrutia, que me pediu clemência, não tenha palavra com o que se empenhou e alegue sua própria inépcia e sua própria covardia para tentar salvar sei lá o que”, disse Maduro, em referência às declarações do ex-diplomata de 75 anos.

A controvérsia começou após a divulgação de uma carta assinada por González Urrutia e pelo presidente do Parlamento venezuelano, Jorge Rodríguez, que detalhava um acordo para permitir a saída do opositor do país. González Urrutia, que está refugiado na Espanha desde setembro, denunciou fraudes nas eleições de julho e reivindica a vitória.

Neste contexto, o Parlamento Europeu reconheceu González Urrutia como o “presidente legítimo” da Venezuela, em meio a questionamentos sobre a reeleição de Maduro. Essa resolução foi qualificada pelo Parlamento venezuelano como uma “agressão nefasta”.

Além disso, os Estados Unidos e vários países latino-americanos também reconheceram González Urrutia como o vencedor das eleições. Com a contínua tensão política na Venezuela, o cenário eleitoral torna-se cada vez mais complexo e contestado. Ainda não se sabe como essa situação será resolvida e quais serão os desdobramentos para o país e para a comunidade internacional.

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