Repórter Recife – PE – Brasil

Parlamento Europeu reconhece Edmundo González Urrutia como presidente legítimo da Venezuela, em meio a tensões com reeleição de Maduro.

O Parlamento Europeu aprovou uma resolução nesta quinta-feira reconhecendo Edmundo González Urrutia, candidato da oposição venezuelana, como presidente eleito da Venezuela. A decisão vai contra o resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que confirmou a reeleição de Nicolás Maduro.

Com 309 votos a favor, 201 contra e 12 abstenções, os membros do Parlamento Europeu reconheceram González Urrutia como o legítimo presidente eleito, além de Maria Corina Machado como líder das forças democráticas no país. Eles também condenaram a fraude eleitoral orquestrada pelo CNE, que se recusou a divulgar os resultados oficiais.

Essa resolução, embora não obrigue os países da União Europeia a formalizarem o reconhecimento de González, representa uma pressão internacional adicional sobre o regime chavista. A oposição venezuelana realizou uma eleição em 28 de julho, na qual González Urrutia foi apresentado como terceira opção após a desqualificação de outros candidatos.

O CNE, controlado pelo chavismo, declarou a reeleição de Maduro por uma pequena margem de votos, sem apresentar as atas detalhadas. Isso gerou acusações de fraude eleitoral e a oposição divulgou os próprios resultados parciais, indicando a vitória de González. No entanto, as manifestações populares foram duramente reprimidas, resultando em mortes, feridos e detenções.

A resolução do Parlamento Europeu pede sanções contra membros do CNE e do regime chavista. González Urrutia está exilado na Espanha, enquanto Maria Corina permanece na Venezuela. Recentemente, um documento assinado por González reconhecendo a vitória de Maduro foi divulgado, porém o candidato alega ter assinado sob coação.

Essa decisão do Parlamento Europeu intensifica a pressão internacional sobre o regime chavista e alimenta as tensões políticas na Venezuela, onde a legitimidade do governo de Maduro é cada vez mais contestada.

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