O documento de aproximadamente 20 páginas aprovado pelo papa Francisco, através do poderoso Dicastério para a Doutrina da Fé, teve como objetivo finalizar uma longa e complexa saga que envolvia os fenômenos espirituais de Medjugorje. Esses eventos deram origem a opiniões divergentes dentro da comunidade católica.
Apesar de reconhecer o santuário, o Vaticano fez questão de não comentar sobre as “supostas mensagens” da Virgem Maria transmitidas aos milhões de fiéis que visitam o local anualmente. A resolução do Vaticano não implica em um julgamento sobre a vida moral dos supostos visionários e não se pronuncia acerca do caráter sobrenatural dessas mensagens.
O reconhecimento foi descrito como uma bênção para a Igreja Católica, permitindo que os fiéis continuem sua devoção e experiência espiritual em Medjugorje. O Vaticano destacou os frutos positivos do local, como a redescoberta da fé por parte de alguns visitantes e o reforço da prática religiosa.
Apesar de não questionar a sinceridade dos fiéis, o Vaticano recomendou cautela na interpretação desses fenômenos, considerando a história da Igreja Católica, que já esteve envolvida em eventos sobrenaturais anteriormente.
Portanto, o reconhecimento do santuário de Medjugorje pelo Vaticano marca o fim de uma longa investigação e reacende o debate sobre fenômenos espirituais e aparições religiosas na Igreja Católica. Este é apenas um dos seis eventos sobrenaturais resolvidos oficialmente pelo Vaticano desde 1950, mostrando a cautela da instituição em relação a esses acontecimentos.