Além disso, as mortes relacionadas ao AVC aumentaram em 40% durante o mesmo período, tornando o AVC a terceira doença mais mortal do mundo, atrás apenas da doença cardíaca isquêmica e da Covid-19. Isso representa um cenário preocupante, já que as estratégias de prevenção atuais parecem não ser eficazes o suficiente para conter o crescimento desses índices.
O estudo também aponta para os fatores de risco modificáveis que contribuem significativamente para o aumento dos casos de AVC. Por exemplo, o alto índice de massa corporal (IMC) está associado a 88% dos novos casos, seguido pelo alto nível de açúcar no sangue, dieta rica em bebidas açucaradas, baixa atividade física e alta pressão arterial sistólica.
A situação se agrava em países desfavorecidos da Ásia e da África Subsaariana, onde a falta de serviços de prevenção e cuidados com AVC exacerbam o problema. Além disso, o aumento da temperatura global e a poluição atmosférica por partículas contribuem ainda mais para a saúde precária e morte prematura devido ao derrame, representando desafios adicionais para o futuro.
Diante desse cenário preocupante, a Organização Mundial do AVC estima que até 2050, a doença será responsável por 9,7 milhões de mortes por ano, com um foco especial nos países de renda média e baixa. É importante ressaltar que o AVC pode ocorrer de duas maneiras diferentes: isquêmico, quando há uma obstrução arterial, e hemorrágico, quando há rompimento de um vaso cerebral, ambos representando graves riscos à saúde pública.