Corpo é encontrado próximo ao navio “Concórdia” que naufragou em Pernambuco, mas Marinha ainda busca tripulante desaparecido.

Nesta quinta-feira (19), um corpo foi encontrado próximo ao navio “Concórdia”, que naufragou a 8,5 milhas náuticas da praia de Ponta de Pedras, em Goiana, no Litoral Norte de Pernambuco. A descoberta foi feita durante uma missão de mergulho realizada pela equipe do Corpo de Bombeiros de Pernambuco para analisar as condições do casco da embarcação, que repousa a aproximadamente 24 metros de profundidade.

O principal objetivo desse mergulho, que ocorreu no turno da manhã, era localizar o último tripulante desaparecido e também identificar eventuais danos ambientais causados pelo acidente. Inicialmente, a Marinha do Brasil informou que os mergulhadores não encontraram vestígios de poluição hídrica nem a presença do tripulante desaparecido.

No entanto, ao final da tarde, um corpo foi localizado nas proximidades do naufrágio, sendo recolhido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) no Recife para identificação. A Marinha não confirmou se o corpo pertence ao tripulante desaparecido, mas ressaltou que continuará as buscas até que seja esgotada a possibilidade de encontrá-lo com vida.

Além disso, as operações na área do naufrágio estão sendo coordenadas pelo Salvamar Nordeste e contam com a colaboração da comunidade marítima e diversas instituições dos estados de Pernambuco e Paraíba. Essas buscas seguem padrões técnicos específicos para garantir a eficácia dos trabalhos.

O navio Concórdia partiu do Recife no último sábado (14) com destino ao Arquipélago de Fernando de Noronha, mas acabou naufragando durante a travessia. Dos nove tripulantes a bordo, quatro faleceram e quatro foram resgatados com boa saúde. Os sobreviventes foram identificados como Edvaldo Baracho da Silva, Marcelo Cláudio da Conceição Freitas, Mozart Gomes da Fonseca e Valcei Gomes da Costa. Os nomes dos tripulantes falecidos e do desaparecido não foram divulgados.

Diante do acidente, um inquérito administrativo foi aberto pela Marinha para investigar as causas e circunstâncias do naufrágio. A Auditoria Fiscal do Trabalho também está analisando o caso, com entrevistas aos tripulantes sobreviventes e responsáveis pela empresa proprietária da embarcação.

É importante ressaltar que todas as empresas que realizam o trajeto Recife – Noronha serão submetidas a fiscalizações recorrentes para garantir a segurança dos tripulantes e a conformidade com as normas legais vigentes. O caso continua em desenvolvimento e novas informações podem surgir ao longo das investigações.