O grupo sanguíneo MAL é capaz de identificar e auxiliar no tratamento de pessoas que não possuem um antígeno chamado AnWj, cuja existência já era conhecida há décadas. Esse novo sistema se torna o 47º grupo sanguíneo, ampliando nosso conhecimento sobre a complexidade dos tipos sanguíneos.
Os grupos sanguíneos são extremamente complexos e, até então, os sistemas mais conhecidos eram ABO e Rh. Cada pessoa possui diferentes marcadores de superfície nas hemácias, conhecidos como antígenos. Porém, com a descoberta do MAL, abre-se um universo ainda mais vasto, com 47 sistemas e 360 antígenos reconhecidos.
O estudo revelou que o MAL é identificado pela proteína Mal, presente na superfície dos glóbulos vermelhos do sangue. Indivíduos que não possuem o antígeno AnWj correm o risco de reações adversas em transfusões de sangue. Por isso, a identificação desse novo grupo sanguíneo é fundamental para o desenvolvimento de testes genotípicos que possam detectar essas condições raras e minimizar complicações durante transfusões.
A pesquisa contou com a análise de cinco indivíduos AnWj negativos, incluindo uma senhora que participou de estudos anteriores sobre o tema. Além disso, foi observada a presença hereditária desse grupo sanguíneo em uma família árabe-israelense, porém ainda não se sabe se existe alguma predominância étnica nesse fenômeno.
Em suma, a descoberta do grupo sanguíneo MAL representa um avanço significativo na área da hematologia e da medicina transfusional, abrindo portas para novas pesquisas e avanços tecnológicos que possam beneficiar a saúde e o bem-estar da população em geral.