O neurocirurgião pediátrico Noor ul Owase Jeelani, do renomado Hospital Great Ormond Street, em Londres, foi o responsável por liderar a cirurgia, que foi concluída em 19 de julho. O desafio da operação se deu pela complexidade do caso, uma vez que as gêmeas compartilhavam vasos sanguíneos vitais e tecido cerebral.
Após o procedimento, que envolveu duas etapas cirúrgicas ao longo de três meses, as crianças continuam internadas, porém se recuperando de forma positiva. Jeelani, em entrevista à Sky News, afirmou que as gêmeas estão tendo uma recuperação incrível, trazendo alívio e esperança para suas famílias.
A tecnologia de Realidade Mista (RM) foi fundamental para o sucesso da cirurgia, permitindo que os médicos criassem simulações em 3D e pudessem ensaiar a operação antes de realizá-la de fato. Jeelani, que já havia realizando uma operação similar em 2022, destacou a importância da tecnologia no sucesso desse tipo de procedimento.
Por se tratar de uma condição extremamente rara e de alto risco, a separação de gêmeos siameses unidos pela cabeça, conhecidos como gêmeos craniópagos, demanda extrema expertise por parte dos profissionais envolvidos. A operação também contou com o apoio da Gemini Untwined, que arrecada fundos para gêmeos siameses e ressaltou a baixa taxa de sobrevivência caso a separação não seja realizada.
Em resumo, a bem-sucedida separação das gêmeas siamesas Minal e Mirtha é um marco na medicina, demonstrando não apenas os avanços tecnológicos, mas também a dedicação e competência dos profissionais de saúde envolvidos no caso. A recuperação das crianças traz esperança e inspiração para futuros casos semelhantes.