O relatório apontou que dos 2.937 focos identificados, 1.799 ocorreram em setembro, representando um aumento significativo em relação aos anos anteriores. O impacto desses incêndios na região foi devastador, com 571.750 hectares consumidos pelas chamas, o pior índice desde o início do monitoramento em 2012.
Segundo informações da ONG Greenpeace Brasil, a realização da Operação Xapiri Tuíre, que contou com a participação de órgãos como o IBAMA, a FUNAI e a Polícia Federal, teve como objetivo combater crimes relacionados ao garimpo na Terra Indígena Kayapó. Durante a ação, foram encontradas cinco vilas de garimpeiros, o que evidenciou a gravidade da situação na região.
Entrevistado pela Agência Brasil, o coordenador da Frente de Povos Indígenas do Greenpeace Brasil, Jorge Dantas, ressaltou a extensão dos danos causados pelos incêndios na Terra Indígena Kayapó, destacando a urgência de medidas para conter a destruição. Dantas também alertou para a presença crescente de garimpeiros em territórios indígenas de todo o país, apontando a necessidade de proteção e preservação dessas áreas.
Diante desse cenário preocupante, especialistas ressaltam a importância dos povos indígenas como fundamentais na preservação da biodiversidade e na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. A proteção dos territórios indígenas é essencial não apenas para as comunidades locais, mas também para a saúde do planeta como um todo.
Nesse contexto, a atuação do governo federal na demarcação e proteção das terras indígenas torna-se crucial para garantir a sobrevivência e a preservação desses ecossistemas. É fundamental que a sociedade civil e as autoridades competentes ajam de forma urgente para combater a destruição causada pelos incêndios e garantir a segurança e o bem-estar das comunidades indígenas.