Junta eleitoral da Geórgia aprova regulamento que obriga contagem manual de votos nas eleições presidenciais, podendo atrasar divulgação dos resultados.

A junta eleitoral da Geórgia, no sudeste dos Estados Unidos, tomou uma decisão importante nesta sexta-feira (20). Por uma votação de três a favor e dois contra, foi aprovado um regulamento que exigirá a contagem manual de todos os votos nas eleições presidenciais de novembro. Essa medida pode gerar atrasos na divulgação dos resultados em um estado crucial para as eleições.

A justificativa para essa medida é garantir uma contagem segura, transparente e precisa dos votos. No entanto, críticos alertam que isso resultará em atrasos e confusão no processo eleitoral. A aprovação desse regulamento foi impulsionada por uma maioria favorável ao ex-presidente Donald Trump na junta eleitoral da Geórgia, que vem fazendo diversas mudanças nas regras eleitorais nas últimas semanas.

Donald Trump, candidato à reeleição contra a democrata Kamala Harris, continua alegando, mesmo quatro anos após sua derrota para Joe Biden, que houve fraude no processo eleitoral. A justiça da Geórgia o acusou de pressionar autoridades para reverter o resultado das eleições em 2020.

John Fervier, diretor da junta eleitoral, demonstrou ceticismo em relação à obrigatoriedade da contagem manual. Ele afirmou que a maioria dos funcionários eleitorais se opõe a essa medida. Por outro lado, a congressista democrata Saira Draper acusou os defensores da nova regra de tentar semear o caos nas eleições por falta de recursos e tempo para implementar efetivamente essa norma.

Além disso, críticos alertam para o risco de erros humanos na contagem manual de um grande número de cédulas, o que poderia causar ainda mais atrasos no processo eleitoral. Essa não foi a única medida polêmica aprovada pela junta eleitoral da Geórgia, que também permitiu que funcionários eleitorais locais realizem investigações se tiverem dúvidas sobre o resultado de uma eleição, o que também pode retardar a divulgação dos resultados.

Essas mudanças e polêmicas na junta eleitoral da Geórgia certamente terão um impacto nas eleições presidenciais de novembro e estarão sob intensa vigilância da opinião pública e dos órgãos de controle eleitoral. A contagem manual de votos e a possibilidade de investigações locais podem gerar conflitos e contestações nos resultados, aumentando a tensão política no estado-chave para o desfecho das eleições nos Estados Unidos.

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