De acordo com informações do Ministério Público, cerca de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos foram despejados na região como resultado da ruptura da estrutura que pertencia à mineradora Samarco e era controlada pelas empresas Vale e BHP Billiton. O relatório divulgado pelo PMBA aponta para a possibilidade de acúmulo de metais nos organismos que ocupam o topo da cadeia alimentar como uma das consequências do desastre.
A pesquisa realizada pelos estudiosos do PMBA comparou dados atuais com estatísticas coletadas antes de 2015, evidenciando um aumento na concentração de metais nos animais afetados pela tragédia. Essa análise reforça a hipótese de que a contaminação pode estar diretamente ligada ao rompimento da barragem de Fundão.
O estudo faz parte de um acordo de cooperação técnico-científica entre a Fundação Espírito Santense de Tecnologia (Fest) e a Fundação Renova, entidade autônoma responsável pela restauração e reconstrução de áreas afetadas pelo desastre ambiental. A investigação realizada pelos pesquisadores do PMBA destaca a urgência de ações para mitigar os impactos ambientais e proteger a biodiversidade do rio Doce e regiões adjacentes.
Diante dessas descobertas, autoridades ambientais e organizações de proteção da natureza estão pressionando as empresas responsáveis pela barragem de Fundão a assumir suas responsabilidades e adotar medidas efetivas para reparar os danos causados ao ecossistema aquático da região. A atenção para essa situação deve ser redobrada, visando garantir a preservação do meio ambiente e a saúde dos animais que habitam as águas do rio Doce.