De acordo com o levantamento, o número de consultas ambulatoriais por paciente caiu de 4,7 em 2019 para 4,1 em 2023, representando uma queda de 12%. As internações também diminuíram de 0,193 para 0,189 por paciente ao longo de cinco anos, uma redução de 2%. Além disso, os procedimentos odontológicos e terapias tiveram quedas de 13% e 8%, respectivamente.
Em contrapartida, o número de exames realizados aumentou de 19,8 para 23,4, o que equivale a um crescimento de 18%. Os atendimentos médicos em prontos socorros também registraram um aumento de 4%. Em relação a 2022, houve um acréscimo de quase 3% no número de internações por pacientes.
Outro aspecto abordado no levantamento foi o desempenho financeiro das operadoras de planos de saúde no primeiro semestre de 2023. Os resultados indicam um saldo positivo de R$ 5,1 bilhões, o que corresponde a aproximadamente 3,5% da arrecadação total de R$ 147,41 bilhões provenientes das taxas pagas pelos 51 milhões de beneficiários desses planos no mesmo período.
A análise também apontou que os planos de saúde destinaram 83% do total arrecadado para pagamentos de procedimentos médicos aos usuários, equivalente a R$ 123,02 bilhões. A taxa de sinistralidade, que representa a proporção dos prêmios gastos com despesas médicas, foi inferior aos índices registrados nos anos anteriores, quando os planos apresentaram prejuízos.
Em resumo, o levantamento da Anahp revela que, apesar da redução em consultas e internações, os custos médico-hospitalares continuam pressionando o setor de saúde suplementar, com a variação dos custos em 2023 sendo impulsionada pelo aumento das despesas com terapias. O estudo ressalta a importância de identificar e entender os motivos por trás dessas mudanças, buscando estratégias para garantir a sustentabilidade do sistema de saúde privado.