O relatório também apontou que cerca de 17,41% do território tinha sido consumido pelas chamas, o que representa o pior índice desde o início do monitoramento em 2012. A preocupação do Greenpeace Brasil se intensificou após um pico de focos no dia 4 de setembro, um dia antes da Operação Xapiri Tuíre, que tinha o objetivo de coibir os crimes relacionados ao garimpo na região.
Durante a operação, agentes ambientais, da Funai e da Polícia Federal participaram das ações, inutilizando equipamentos dos invasores e desmantelando cinco vilas de garimpeiros. Apesar das medidas tomadas, os incêndios continuaram a se intensificar, com um novo pico observado no dia seguinte ao término da operação.
O coordenador da Frente de Povos Indígenas do Greenpeace Brasil, Jorge Dantas, ressaltou a gravidade da situação, afirmando que a Terra Indígena Kayapó é a mais impactada pelos incêndios florestais. Ele chamou atenção para a importância dos territórios indígenas na preservação da biodiversidade e na mitigação dos efeitos da crise climática.
Em um momento de crise ambiental, Dantas destacou a necessidade de defender os territórios indígenas e acelerar os processos demarcatórios. A Amazônia, assim como outras áreas de preservação, depende da atuação destes guardiões da natureza para garantir sua sobrevivência e a saúde do planeta como um todo.