Na noite de quinta-feira, Barnier propôs a Macron o nome de dois senadores de seu próprio partido conservador, Os Republicanos (LR): Laurence Garnier para o ministério da Família e Bruno Retailleau para o ministério do Interior. No entanto, essas escolhas geraram desconforto na oposição de esquerda e entre as fileiras centristas do futuro governo devido às posições passadas dos indicados.
Garnier, por exemplo, votou contra a proteção do aborto na Constituição e contra a criação de um crime para punir as terapias de conversão. Já Retailleau defende o endurecimento da política migratória de Macron, o que o coloca em posição conflitante com as visões de parte do governo.
Diante dessa situação, qualquer desconforto na formação do governo pode complicar ainda mais a aliança de centro-direita de Macron e o LR. Macron apela aos grupos políticos para que ajudem Barnier na formação do governo em prol do interesse coletivo.
Com a antecipação das eleições legislativas para junho e a vitória da Nova Frente Popular, Macron se vê em uma encruzilhada política. A nomeação de Barnier e a formação de um governo de “unidade” busca garantir a estabilidade do país, mas enfrenta desafios nas questões sociais, migratórias e econômicas.
Os próximos passos de Barnier incluem a apresentação do orçamento de 2025, em um momento em que a França luta para controlar seu déficit e dívida pública. A expectativa é que o governo atue para melhorar a vida dos franceses sem aumentar a carga tributária e aprimorar os serviços públicos, cumprindo as promessas feitas.