Mortes misteriosas de botos assustam no Lago Tefé, no Amazonas: um por dia encontrado sem vida em uma semana

Na região do Lago Tefé, localizado no Amazonas, a população de botos tem sido impactada de forma preocupante. Em apenas uma semana, foi registrado um aumento alarmante no número de botos encontrados mortos. Na última quarta-feira, a carcaça de um filhote foi descoberta na margem do lago, evidenciando a magnitude do problema.

De acordo com Miriam Marmontel, chefe do projeto de pesquisa em mamíferos aquáticos amazônicos no Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, a situação é grave. Ela relatou que, nas últimas semanas, a média de botos encontrados mortos tem sido de um por dia. Em 2023, mais de 200 animais da espécie ameaçada de extinção perderam a vida no Lago Tefé, um afluente do Rio Solimões, devido à alta temperatura da água.

Os especialistas ainda não identificaram uma relação direta entre as altas temperaturas das águas e a morte dos animais. Segundo Miriam, a proximidade entre as populações humanas, sobretudo pescadores, e os animais pode estar influenciando no aumento dos casos de morte dos botos. Ela destacou que o ambiente lacustre se torna ainda mais restrito devido à seca, o que aumenta o risco de colisões com embarcações.

Além disso, Miriam Marmontel ressaltou a importância do monitoramento constante da temperatura da água. Ela mencionou que o lago costuma variar entre 22 e 32 graus centígrados ao longo do ano, mas recentemente já foram registradas temperaturas mais altas, como 38ºC, o que representa uma variação significativa em um curto período de tempo.

Diante desse cenário preocupante, é essencial que medidas sejam tomadas para proteger a vida dos botos na região do Lago Tefé. A preservação desses animais é fundamental para o equilíbrio do ecossistema amazônico e para a biodiversidade da região.

Portanto, é urgente que autoridades e instituições atuem em conjunto para investigar as causas dessas mortes e implementar ações efetivas de conservação e proteção dos botos na região do Amazonas. A vida desses animais deve ser prioridade em qualquer estratégia de desenvolvimento sustentável da região.

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