Repórter Recife – PE – Brasil

Opositor venezuelano nega ter sido coagido pela Espanha para sair do país e receber asilo em Madri

O opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, que disputou as eleições presidenciais contra o atual presidente Nicolás Maduro em 28 de julho, está envolvido em uma polêmica sobre sua saída da Venezuela e as circunstâncias que motivaram sua ida para a Espanha em busca de asilo político.

González Urrutia negou ter sido “coagido” pela Espanha para deixar a Venezuela e receber abrigo em Madri. Em uma carta publicada pelo ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel Albares, o opositor afirmou que as gestões diplomáticas realizadas tiveram como único objetivo facilitar sua saída do país, sem exercer pressão sobre ele.

O candidato da oposição alegou ter assinado um documento sob “coação” do governo venezuelano, acatando uma decisão judicial que validou a reeleição de Nicolás Maduro, em troca da autorização para deixar o país. Essa situação gerou críticas por parte da oposição espanhola, que acusou o governo socialista de Pedro Sánchez de colaborar com o regime de Maduro.

O líder do conservador Partido Popular, Esteban González Pons, afirmou que o governo espanhol se tornou “cúmplice” ao permitir que o documento fosse assinado na residência do embaixador espanhol em Caracas. O ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, defendeu a atuação do governo espanhol, destacando que a decisão de solicitar asilo e deixar a Venezuela foi tomada por vontade de González Urrutia.

Diante de toda essa polêmica, a situação do opositor venezuelano gera debates e reflexões sobre as relações diplomáticas entre a Espanha e a Venezuela, assim como as repercussões políticas internacionais dessa questão. A permanência de González Urrutia em Madri e a solicitação de asilo político também alimentam o cenário de tensão entre os governos envolvidos.

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