González Urrutia negou ter sido “coagido” pela Espanha para deixar a Venezuela e receber abrigo em Madri. Em uma carta publicada pelo ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel Albares, o opositor afirmou que as gestões diplomáticas realizadas tiveram como único objetivo facilitar sua saída do país, sem exercer pressão sobre ele.
O candidato da oposição alegou ter assinado um documento sob “coação” do governo venezuelano, acatando uma decisão judicial que validou a reeleição de Nicolás Maduro, em troca da autorização para deixar o país. Essa situação gerou críticas por parte da oposição espanhola, que acusou o governo socialista de Pedro Sánchez de colaborar com o regime de Maduro.
O líder do conservador Partido Popular, Esteban González Pons, afirmou que o governo espanhol se tornou “cúmplice” ao permitir que o documento fosse assinado na residência do embaixador espanhol em Caracas. O ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, defendeu a atuação do governo espanhol, destacando que a decisão de solicitar asilo e deixar a Venezuela foi tomada por vontade de González Urrutia.
Diante de toda essa polêmica, a situação do opositor venezuelano gera debates e reflexões sobre as relações diplomáticas entre a Espanha e a Venezuela, assim como as repercussões políticas internacionais dessa questão. A permanência de González Urrutia em Madri e a solicitação de asilo político também alimentam o cenário de tensão entre os governos envolvidos.