Segundo o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, os impactos dessas queimadas criminosas são devastadores e de difícil mensuração, uma vez que envolvem vidas perdidas, tanto humanas como animais. O prejuízo ambiental e econômico também é significativo, visto que a emissão de créditos de carbono é essencial para a região.
A investigação batizada de Operação Curupira conta com a participação da Secretaria Estadual do Ambiente e do Instituto Estadual do Ambiente. Desde o início dos incêndios, a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e unidades distritais do interior têm trabalhado incessantemente para identificar os responsáveis e as circunstâncias dos crimes.
Durante essa empreitada, a polícia conseguiu desvendar a participação de um adolescente, de apenas 13 anos, que admitiu ter iniciado um dos incêndios após uma briga familiar em Pedro do Rio e Secretário. Além disso, um homem de 61 anos foi preso em Valença, após ser flagrado ateando fogo em uma área de proteção ambiental.
As investigações apontam que o incêndio teria sido motivado por desavenças entre o infrator e o proprietário de uma fazenda próxima ao local. O suspeito se negou a prestar depoimento e testemunhas confirmaram que ele teria realizado o ato como forma de vingança, devido a conflitos anteriores com o dono da propriedade.
Em virtude dos sucessivos incêndios que vêm devastando o estado do Rio, a Operação Curupira tem sido coordenada com rigor, visando coibir e identificar os responsáveis por esses crimes ambientais que causam impactos significativos na região.