Estudos recentes apontam que mesmo mulheres adultas que já tiveram contato com o HPV podem se beneficiar da vacina. Isso se deve ao fato de que existem mais de 200 subtipos do vírus, e a imunização pode proteger contra os diversos tipos, mesmo que a pessoa já tenha sido infectada por um subtipo específico. A Dra. Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), ressaltou a importância dessa proteção em uma palestra durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, em Recife.
A médica explicou que as mudanças no comportamento da população brasileira, como o adiamento do casamento e um maior número de parceiros sexuais, contribuem para o risco de novas infecções por HPV na vida adulta. Além disso, estudos apontam que a vacina pode reduzir as chances de recidiva em pessoas que já trataram lesões causadas pelo vírus. Países como o Uruguai já oferecem a vacina gratuitamente para pacientes que tiveram lesões, e a eficácia da imunização foi comprovada em mulheres de meia-idade.
Portanto, a vacina contra o HPV se mostra segura e eficaz não só para crianças e adolescentes, mas também para mulheres adultas e de meia-idade. Proteger-se contra o HPV é fundamental para prevenir o desenvolvimento de doenças graves, como o câncer, e garantir uma melhor qualidade de vida. A disponibilidade da vacina no SUS amplia o acesso da população à imunização, contribuindo para a saúde pública e o bem-estar de todos.