Repórter Recife – PE – Brasil

Acordo de repactuação em Mariana (MG) está prestes a fechar com garantia de R$ 100 bilhões em dinheiro novo

O governo está próximo de fechar um acordo histórico envolvendo a repactuação da reparação dos danos causados pela tragédia de Mariana (MG) em 2015. A expectativa é que sejam garantidos R$ 100 bilhões em dinheiro novo, juntamente com R$ 30 bilhões em obrigações a serem cumpridas pelas mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton. Essas empresas afirmam já terem destinado cerca de R$ 37 bilhões para o processo reparatório.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre da Silveira, comemorou o avanço nas negociações, destacando que a proposta inicial de R$ 49 bilhões em novo dinheiro aumentou consideravelmente com o governo atual, atingindo o montante de R$ 100 bilhões. De acordo com Silveira, esse será o maior acordo do planeta, totalizando R$ 167 bilhões quando somados os valores destinados pelas mineradoras até o momento.

A barragem que se rompeu em Mariana, pertencente à Samarco, resultou em uma tragédia que afetou milhares de pessoas, causando 19 mortes e impactos severos ao meio ambiente na região da Bacia do Rio Doce. O acordo de reparação inclui diversas ações, como indenizações individuais, reconstrução de comunidades, recuperação ambiental e apoio aos produtores rurais, todas geridas pela Fundação Renova.

Entretanto, passados mais de oito anos desde o desastre, ainda persistem problemas não resolvidos e mais de 85 mil processos tramitam na justiça relacionados ao caso. As negociações para a repactuação do acordo têm sido prolongadas, sem consenso até o momento.

Espera-se que o desfecho dessas tratativas beneficie todas as famílias afetadas pela tragédia, garantindo uma reparação integral. O novo acordo para Mariana deve ser inspirado no modelo estabelecido para Brumadinho, com a inclusão de valores para indenizações individuais. A mudança na presidência da Vale, com a chegada de Gustavo Pimenta, traz otimismo para as negociações em andamento.

Porém, entidades representativas dos atingidos têm sido críticas em relação à realização das tratativas sob sigilo e sem a participação das lideranças das comunidades impactadas. A expectativa é que o acordo final seja alcançado no próximo mês e traga uma resolução justa e adequada para todos os envolvidos.

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