O Pavilhão João Lyra Filho foi liberado pela tropa de choque da Polícia Militar pouco antes das 15h, cumprindo a determinação judicial de desocupação do prédio. A reitoria da Uerj informou que na próxima segunda-feira, uma avaliação será feita no prédio para identificar os danos e necessidades de reparo.
O deputado estadual Flavio Serafini, presidente da executiva estadual do PSOL/RJ, também se manifestou criticando a postura adotada pela universidade. Ele ressaltou a importância de ouvir e respeitar a luta dos estudantes por seus direitos, em vez de reprimi-los com ações violentas. Além disso, o coronel André Matias, do Comando de Operações Especiais (COE), relatou os detalhes da desocupação do prédio, incluindo a ocorrência de um policial ferido durante a ação.
A ocupação da Uerj pelos estudantes teve início em julho como forma de protesto contra mudanças nas regras de concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil. Os manifestantes pedem a revogação de medidas que limitam o acesso a benefícios como o auxílio-alimentação e auxílios para vulnerabilidade social, além de estabelecer critérios de renda familiar para os beneficiários.
A Polícia Civil informou que está investigando o descumprimento da decisão judicial durante a desocupação, e os conduzidos foram ouvidos como testemunhas. Diligências estão em andamento para esclarecer os fatos envolvidos no incidente. A reitoria da universidade também anunciou que o campus Maracanã permanecerá fechado para avaliação dos danos, com a data de retorno às aulas ainda a ser definida.
Este episódio controverso na Uerj evidencia a complexidade das relações entre estudantes, autoridades e instituições de ensino, ressaltando a importância do diálogo e do respeito mútuo para a construção de uma educação pública de qualidade e inclusiva.