Repórter Recife – PE – Brasil

Desigualdade salarial entre homens e mulheres no Rio de Janeiro preocupa gestão municipal e especialistas, aponta relatório.

A cidade do Rio de Janeiro está entre as cinco capitais brasileiras com as maiores desigualdades salariais entre homens e mulheres. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do segundo trimestre deste ano, as mulheres cariocas ganham em média 28,75% a menos que os homens. Em outras palavras, para cada R$ 100 recebidos pelos homens, as mulheres levam para casa R$ 71,25.

Essa disparidade salarial é um dos principais desafios para a próxima gestão municipal carioca, de acordo com o relatório intitulado “Eleições 2024: Grandes Desafios das Capitais Brasileiras”, elaborado pelo Instituto Cidades Sustentáveis. A questão da desigualdade de gênero no mercado de trabalho é um tema complexo e que demanda a atenção dos gestores públicos.

Especialistas ouvidos pela Agência Brasil destacaram a importância das medidas tomadas pelas administrações municipais para reduzir essa desigualdade. Essas ações podem incluir desde a garantia de creches e escolas em tempo integral, para que as mulheres que são mães tenham suporte para trabalhar, até a concessão de crédito voltado para empreendimentos liderados por mulheres.

A presidente do Conselho de Mulheres da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Carla Pinheiro, ressaltou a importância de incluir as mulheres em espaços de renda qualificada, o que pode impulsionar a economia e gerar mais empregos. Ela também mencionou a necessidade de políticas públicas que considerem as diversas realidades e desigualdades que atravessam os municípios.

A pesquisadora e economista do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE), Janaína Feijó, destacou que cidades maiores, com mercados mais diversificados, tendem a apresentar uma maior desigualdade de gênero, devido à concentração das mulheres em ocupações menos remuneradas.

Portanto, é essencial que os municípios implementem medidas efetivas para reduzir a desigualdade salarial entre homens e mulheres, visando não apenas a justiça social, mas também a eficiência econômica. Estimular a inserção das mulheres no mercado de trabalho, com remuneração justa e oportunidades iguais, pode trazer benefícios não só para elas, mas também para a economia como um todo.

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