Segundo Karen, um dos maiores desafios foi lidar com a ausência de registro das doses aplicadas, já que muitos evacuados não possuíam documentos de identificação. Além disso, a enfermeira enfrentou a hesitação vacinal da população, que estava fragilizada e abalada pela situação de emergência. Mesmo com todas as dificuldades, Karen e outros profissionais de saúde não mediram esforços para levar a vacinação aos necessitados, inclusive contando com o apoio do Exército para transporte e distribuição das doses.
Karen também teve que lidar com a aplicação de doses antirrábicas em voluntários envolvidos no resgate de animais, devido ao risco constante de acidentes. Enquanto isso, a dentista Micheline Silveira, que se converteu para a enfermagem em 2016, teve a oportunidade de agir em Porto Alegre com o suporte de um plano de contingência da empresa para a qual trabalhava, o que resultou em uma ação coordenada e eficiente diante da emergência.
Outra profissional de destaque, a enfermeira Cleia Soares Martins, enfrentou desafios semelhantes no Amazonas, em meio à pior seca das últimas décadas na região. A necessidade de se adaptar a um cenário de mudanças climáticas e eventos extremos exigiu um planejamento detalhado e antecipado, priorizando áreas de difícil acesso. Cleia ressaltou a importância de investir em tecnologia e inovação para garantir um serviço de vacinação eficiente em qualquer situação.
Diante de cenários tão desafiadores, profissionais dedicados como Karen, Micheline e Cleia mostram a importância do trabalho árduo e da adaptação constante para garantir a saúde da população em momentos de crise. A atuação destas enfermeiras exemplifica o comprometimento e a resiliência necessários para enfrentar situações extremas e proteger a comunidade.