Seis assentamentos da reforma agrária localizados em municípios como Periquito, Santa Maria do Suaçuí, Jampruca, Campanário, Resplendor e Governador Valadares foram envolvidos na iniciativa. A técnica utilizada para o plantio foi a muvuca de sementes, que consiste na distribuição massiva de sementes em áreas previamente preparadas e adubadas.
Henrique Samsonas, do Setor de Produção e Meio Ambiente do MST, destacou a eficácia dessa técnica, que permite antecipar o plantio e aumentar a quantidade de áreas reflorestadas ao longo do ano a um custo menor. Além disso, o plantio em larga escala de muvuca de sementes na Bacia do Rio Doce tem trazido benefícios econômicos para as famílias assentadas, povos indígenas e quilombolas da região.
O trabalho de recuperação ambiental realizado pelo MST no Vale do Rio Doce surge após o desastre provocado pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em 2015. O Programa Agroecológico de Recuperação da Bacia do Rio Doce já implementou tecnologias como barraginhas e biodigestores para garantir a sustentabilidade dos territórios.
A iniciativa busca criar territórios reflorestados e promover a produção de alimentos saudáveis para a população brasileira. O Movimento também está inserido na ação nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis, que pretende plantar 100 milhões de árvores até 2030, contribuindo significativamente para a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável da região.
