Bolívia enfrenta clima de violência em marcha liderada por Evo Morales rumo a La Paz, governo e ex-aliado se acusam

Na tarde deste domingo (22), o governo do presidente boliviano, Luis Arce, e seu ex-aliado Evo Morales entraram em uma série de acusações mútuas em relação à atual situação política na Bolívia. Enquanto uma marcha liderada por Morales e milhares de seus seguidores se aproximava da cidade de La Paz, a tensão entre os dois lados aumentava.

A ministra das Relações Exteriores, Celinda Sosa, expressou preocupação com a situação ao enviar notas ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, ao alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, e à secretária executiva da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Tania Reneaum Panszi. Ela destacou que a marcha liderada por Morales tinha o objetivo de interromper o mandato constitucional do atual governo de Arce, visando a antecipação das eleições nacionais e uma possível nova candidatura de Morales, o que não é permitido pela Constituição boliviana.

A disputa entre Morales e Arce se intensificou devido a divergências sobre a liderança do partido governista e a candidatura presidencial para as eleições de 2025. Enquanto Morales declarou sua intenção de concorrer, Arce questiona essa possibilidade.

A marcha liderada por Morales partiu da cidade de Caracollo em direção a La Paz, com o ex-presidente denunciando que o governo mobilizou cerca de 6.000 policiais para impedir o avanço do grupo. Ele também mencionou o envolvimento de grupos de choque civis e funcionários públicos no intuito de barrar a marcha.

A tensão entre os dois lados representa um desafio para a estabilidade política do país, com o clima de confronto se intensificando à medida que a marcha se aproxima de La Paz. É importante observar a evolução dos acontecimentos e o impacto que isso pode ter na democracia boliviana e na segurança dos cidadãos.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo