Repórter Recife – PE – Brasil

Líderes da ONU adotam “Pacto para o Futuro” em meio a riscos catastróficos crescentes e oposição de países como Rússia

Neste domingo (22), os líderes dos 193 países membros da ONU se reuniram para adotar um Pacto para o Futuro da Humanidade em meio a uma realidade de “riscos catastróficos crescentes” como guerras, mudanças climáticas e pobreza. Mesmo com a oposição de países como Rússia, Venezuela e Nicarágua, o secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou a importância deste acordo que conta com 56 medidas para enfrentar os desafios do século XXI.

Entre os desafios abordados no Pacto estão a reforma do Conselho de Segurança da ONU, a arquitetura financeira global, a manutenção da paz, as mudanças climáticas e até mesmo questões relacionadas à inteligência artificial. Guterres ressaltou a necessidade de os Estados demonstrarem visão, coragem e ambição para garantir um futuro melhor para toda a humanidade, incluindo aqueles que vivem em situações de pobreza e exclusão.

Apesar da oposição de países como Rússia, Venezuela, Nicarágua, Coreia do Norte e Belarus, o Pacto e seus anexos foram adotados por consenso, embora não sejam vinculativos. Guterres enfatizou a importância de transformar as propostas em ação, apontando que o documento abre caminhos para novas possibilidades e oportunidades.

No entanto, especialistas consideram que o Pacto não representa uma revolução no multilateralismo, sendo descrito por alguns diplomatas como “morno”, “o menor denominador comum” e “decepcionante”. Pontos sensíveis da negociação incluíram o combate ao aquecimento global e a transição de energias fósseis para alternativas mais limpas.

Organizações como Human Rights Watch elogiaram alguns compromissos importantes do Pacto, mas ressaltaram a importância de os líderes mundiais transformarem promessas em ações concretas. O desafio agora é implementar efetivamente as medidas propostas para garantir um futuro livre de combustíveis fósseis e um clima seguro para as próximas gerações.

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