Marcha por Justiça Climática acontece em São Paulo com a presença de movimentos sociais e entidades em defesa do meio ambiente.

No último domingo, 22 de setembro, movimentos sociais e entidades se reuniram na capital paulista para participar da Marcha por Justiça Climática, que teve como mote “Esse calor não é normal”. Esse protesto não foi um evento isolado, mas sim uma das 13 mobilizações pelo país que tiveram início na sexta-feira, 20 de setembro, e terão continuidade até o mês de outubro. Dentre os principais grupos e organizações envolvidos nessa marcha estão o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Fórum Popular da Natureza, o Greenpeace Brasil, a Coalizão pelo Clima SP e os Jovens pelo Clima.

No estado de São Paulo, diversas cidades sediaram atos em prol da causa, como Piracaia, Campinas, Bauru, Ribeirão Preto, Limeira, Piracicaba, Sorocaba e São Sebastião, sendo que nesta última, moradores da Vila Sahy realizaram uma intervenção artística seguida de uma caminhada. São Roque, localizada a cerca de uma hora da capital, também terá uma manifestação marcada para 4 de outubro. Além dessas localidades, reivindicações comuns também são feitas em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Florianópolis, Brasília e Curitiba.

Em São Paulo, a marcha teve seu ponto de partida no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) e os manifestantes se reuniram com cartazes e faixas com mensagens impactantes. Palavras de ordem como “Esse calor não é normal, capitalismo é só desastre ambiental” e “O capital tem que morrer, contra as queimadas, não tem planeta B” foram entoadas durante o protesto, que também fez menções às tragédias recentes, como as inundações no Rio Grande do Sul e a tragédia em Brumadinho (MG).

Os participantes também ressaltaram a importância de punir os responsáveis pelos incêndios florestais que vêm contribuindo para a emissão de gases de efeito estufa. Além disso, chamaram atenção para a crise hídrica no Norte, que está afetando comunidades locais, como os karipuna de Rondônia, que têm sofrido com a seca dos rios e a fumaça inalada.

As organizações por trás desse protesto reforçaram a natureza anticapitalista da marcha, se opondo ao agronegócio e à mineração. Elas também defenderam os povos indígenas, comunidades tradicionais e grupos minoritários, apoiando o modelo de agricultura familiar. Todos esses esforços visam cobrar ações mais contundentes das autoridades governamentais em relação à preservação do meio ambiente.

Diante da emergência climática, a pauta ambiental tornou-se uma das principais bandeiras dos candidatos às eleições municipais deste ano. Diversos movimentos e organizações têm se mobilizado em prol de mudanças significativas para combater o aquecimento global e suas consequências. A COP30, que ocorrerá em Belém em novembro de 2025, é vista como uma oportunidade para o Brasil reforçar seu compromisso com a redução dos gases de efeito estufa. O governo federal também está em processo de recebimento de propostas para o Plano Clima, que deverá guiar as diretrizes ambientais do Brasil até 2035, alinhadas com o Acordo de Paris.

Nesse contexto, a Marcha por Justiça Climática revela a força e a determinação dos brasileiros em cobrar ações concretas para combater as mudanças climáticas e preservar o meio ambiente para as futuras gerações.

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