A Presidente da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) e da Comissão Organizadora Local dos eventos, Suzana Montenegro, ressaltou a relevância da visita, destacando que o Projeto Janelas para o Rio foi desenvolvido como uma forma de proteger as margens dos rios de ocupações irregulares e usos inadequados. Além disso, os parques oferecem áreas de lazer e convivência, promovendo a conscientização sobre a importância do cuidado com os rios urbanos.
O Parque Janelas para o Rio em Caruaru possui uma área de 6,66 hectares e é o sexto equipamento do programa, que faz parte do plano hidroambiental da bacia do rio Ipojuca. Com previsão de conclusão até o final de 2024, a obra beneficiará aproximadamente 400 mil pessoas e conta com investimentos de cerca de R$ 8,2 milhões do Governo Estadual.
O secretário executivo de saneamento do estado, Artur Coutinho, informou que o plantio de 5,6 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica e da Caatinga, que comporão a vegetação do parque, está próximo de ser iniciado.
O Programa Janelas para o Rio faz parte do Programa de Saneamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca e prevê a construção de parques em seis cidades da bacia, todos localizados às margens do rio. Além de Caruaru, os municípios de Gravatá, São Caetano, Belo Jardim, Escada e Bezerros já receberam parques, totalizando 26,6 hectares de áreas revitalizadas e beneficiando cerca de 700 mil pessoas, com um investimento total de R$ 35 milhões. Este projeto foi financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A visita técnica ao Parque Ambiental Janelas para o Rio integrou a programação do XV ENAU e do V SRRU, eventos promovidos pela Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRHidro). Com o tema central “Sustentabilidade e Resiliência – manejo das águas urbanas no contexto de eventos extremos”, os encontros discutiram questões como inovações em gestão hídrica, mitigação de inundações e revitalização de rios urbanos, trazendo especialistas para abordar temas urgentes como os eventos climáticos extremos que afetaram o Rio Grande do Sul em maio e estratégias de adaptação climática por meio da revitalização de bacias hidrográficas.
