Os genomas foram extraídos dos restos de um homem e uma mulher descobertos no abrigo rochoso de Oakhurst, perto da cidade de George. Além disso, outros 11 genomas foram reconstituídos a partir de restos humanos encontrados no mesmo local, com uma antiguidade que varia entre 1.300 e 10.000 anos.
O estudo revelou que os genomas mais primitivos eram geneticamente similares aos grupos San e Khoekhoe que habitam a região atualmente. Essa descoberta contrasta com estudos realizados na Europa, que apontam para uma história de trocas genéticas devido aos movimentos humanos nos últimos 10.000 anos.
O autor principal do estudo, Joscha Gretzinger, destacou a importância desses resultados, que sugerem uma longa história de relativa estabilidade genética na região sul da África. Ao contrário do que foi observado na Europa, as descobertas feitas em Oakhurst indicam um cenário genético mais estável ao longo do tempo.
Essa pesquisa representa um marco na investigação da história populacional da África do Sul e contribui para ampliar o nosso entendimento sobre a diversidade genética e demográfica do continente. A análise dos genomas humanos mais antigos da região abre novas perspectivas para futuras pesquisas e descobertas sobre a história da humanidade.