Presidente Lula critica falta de ambição e ousadia em Pacto para o Futuro na Assembleia da ONU em Nova York

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso marcante durante a Cúpula do Futuro, evento prévio à Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU) que reúne líderes mundiais para discutir questões globais. Lula destacou a importância do Pacto para o Futuro, documento a ser assinado pelos líderes na cidade de Nova York, mas ressaltou a falta de “ambição e ousadia” para que a ONU cumpra efetivamente seu papel.

Durante seu discurso, Lula abordou a crise da governança global, mencionando os conflitos armados em diversas regiões do mundo. Ele alertou para as limitações das instâncias multilaterais e a falta de autoridade para implementar decisões. O presidente brasileiro também criticou o Conselho de Segurança da ONU, apontando para a falta de representatividade do Sul Global e a atuação questionável do órgão em diversas situações.

Lula destacou pontos positivos do Pacto do Futuro, como o tratamento inédito de temas como dívida de países em desenvolvimento e tributação internacional. O presidente ressaltou a importância de recolocar a ONU no centro do debate econômico mundial e avançar para uma governança digital inclusiva. No entanto, ele enfatizou a necessidade de mais ambição e ousadia para enfrentar os desafios globais.

O presidente também abordou a questão dos direitos humanos, defendendo a igualdade de gênero, a luta contra o racismo e a promoção da paz. Lula ressaltou a importância de não retroceder nesses avanços e de enfrentar os desafios com coragem e vontade política. Ele encerrou seu discurso enfatizando a importância de criar uma governança eficaz para as gerações futuras.

A Cúpula do Futuro produziu um documento aprovado pelos estados-membros, com o objetivo de reforçar a cooperação global e estabelecer compromissos para o fortalecimento do multilateralismo. Na terça-feira, o presidente fará o tradicional discurso de abertura na Assembleia Geral da ONU, onde terá a oportunidade de apresentar as prioridades do Brasil e contribuir para os debates sobre questões globais.

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