A meteorologista da Apac, Aparecida Fernandes, destaca que a primavera é caracterizada por um período de menor ocorrência de chuvas em Pernambuco, especialmente no Sertão, e que as temperaturas tendem a subir durante esta estação. Ela ressalta que as temperaturas mais altas são uma tendência, possivelmente influenciada pelo aquecimento global.
A previsão para o trimestre outubro-novembro-dezembro indica um cenário de baixa precipitação, com índices de chuva de 144,6 mm na Região Metropolitana do Recife, 91,3 mm na Zona da Mata, 63,2 mm no Agreste e 82,7 mm no Sertão. Estas regiões enfrentarão um dos períodos mais secos do ano, o que pode intensificar os problemas de estiagem.
Atualmente, algumas cidades de Pernambuco já se encontram em situação de emergência devido à estiagem, e o governo federal reconheceu o status em seis municípios do Estado. A piora nos indicadores de seca na região levou à intensificação de áreas secas, com impactos de curto prazo em todo o Estado. A expectativa da meteorologista é que o número de municípios em estado de emergência aumente nos próximos meses.
O prognóstico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta que a região Nordeste terá chuvas abaixo da média climatológica e temperaturas acima da média nos próximos meses. A tendência é que o fenômeno climático La Niña se estabeleça no Brasil, o que geralmente intensifica as chuvas na região, porém, as atuais condições do Oceano Atlântico podem não ser favoráveis para potencializar as precipitações.
Com a chegada do equinócio, marcando o início da primavera, os dias e noites terão durações semelhantes. Este fenômeno ocorre quando o Sol está posicionado diretamente sobre a Linha do Equador, caracterizando as “noites iguais”. A estação promete trazer desafios em relação à estiagem, mas também a possibilidade de reequilibrar as condições climáticas na região.