Prisão de 355 pessoas em investigação de abusos sexuais em abrigos na Malásia desencadeia polêmica com conglomerado islâmico

A polícia da Malásia chocou o país ao anunciar a prisão de 355 pessoas em uma investigação que desvendou agressões físicas e sexuais contra menores em abrigos por todo o território malaio. O caso envolve o conglomerado Global Ikhwan Service and Business Holding (GISB), responsável por administrar abrigos, instalações sanitárias e educativas. Além disso, a entidade está sendo acusada de gerenciar o que foi descrito como “abrigos do terror” e de possuir laços com a seita islamista Al Arqam, que já se encontra extinta.

As prisões não pouparam nem mesmo os membros de alto escalão da GISB, incluindo o diretor-executivo Nasiruddin Ali e outros 30 integrantes do conglomerado. Todo o desenrolar da investigação resultou em prisões em diversos lugares, como abrigos, instalações sanitárias, empresas, escolas religiosas e residências particulares.

As autoridades malaias já haviam dado início às investigações em 11 de setembro, quando anunciaram a prisão de 171 pessoas, incluindo professores de religião e educadores. Após buscas em 20 residências, mais de 402 crianças foram resgatadas pela polícia, que acredita se tratar de filhos de membros da GISB.

O diretor-executivo da GISB inicialmente negou todas as acusações de violência, porém acabou admitindo agressões sexuais em 14 de setembro, mencionando ainda “um ou dois casos de sodomia” nos abrigos. As autoridades médicas confirmaram que pelo menos 13 crianças foram vítimas de violência sexual.

O caso continua em desenvolvimento e a sociedade malasiana aguarda por mais detalhes sobre esse triste episódio que envolve agressões a crianças em abrigos mantidos por uma instituição que deveria zelar pelo bem-estar dos menores.

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