Há cerca de 15 anos, os cientistas identificaram nove limites planetários que não deveriam ser ultrapassados para manter a Terra em uma “zona de funcionamento segura”. No entanto, seis desses limites já foram excedidos devido às atividades humanas, e a acidificação dos oceanos está prestes a se tornar o sétimo limite ultrapassado em um futuro próximo.
Essa acidificação é resultado da absorção de dióxido de carbono pelos oceanos, causando uma diminuição do pH da água do mar. Isso tem impactos prejudiciais para diversos organismos marinhos, como corais, conchas e plâncton, afetando toda a cadeia alimentar aquática. Além disso, a capacidade dos oceanos de absorver CO2 da atmosfera também é afetada negativamente por esse processo.
Segundo Boris Sakschewski, um dos autores do relatório do PIK, é provável que a acidificação dos oceanos continue a se agravar nos próximos anos, mesmo que as emissões de CO2 sejam reduzidas rapidamente. Isso se deve ao tempo de resposta do sistema oceânico e ao CO2 já emitido anteriormente.
Diante desse cenário preocupante, o Planetary Health Check, um relatório anual sobre a saúde do planeta, destaca a urgência de ações para frear a acidificação dos oceanos e proteger a biodiversidade marinha. A superação desse limite representa um desafio significativo para a humanidade e requer esforços coordenados em nível global para reverter essa tendência preocupante.
