Os alimentos em questão são ricos em flavonoides, conhecidos por sua ação antioxidante. Chás verde e preto, chocolate amargo e vinho tinto são exemplos de fontes desses compostos, que já foram associados a benefícios como a prevenção do câncer e a redução do risco de doenças cardiovasculares.
A pesquisa apontou que o consumo diário de seis porções adicionais de alimentos ricos em flavonoides, como frutas vermelhas, chá e vinho tinto, pode reduzir significativamente o risco de demência, especialmente em indivíduos com alto risco genético e sintomas de depressão.
No Brasil, a demência afeta cerca de 1,76 milhões de pessoas, sendo mais prevalente na população idosa. O relatório Nacional sobre a Demência, divulgado pelo Ministério da Saúde, destaca a importância de intervenções preventivas, como a alimentação adequada, para reduzir o impacto social e econômico da doença.
Segundo Amy Jennings, autora do estudo, não há tratamento eficaz para a demência, o que torna ainda mais crucial a adoção de medidas preventivas. Além dos alimentos já citados, outros ricos em flavonoides incluem maçã, frutas cítricas, couve, espinafre, uva, cebola, tofu e tempeh.
Diante dessas descobertas, a promoção de uma dieta rica em flavonoides pode ser uma estratégia eficaz na prevenção da demência, especialmente em indivíduos com fatores de risco genéticos e sintomas depressivos. A preocupação com a saúde cerebral deve ser uma prioridade, visando não apenas a qualidade de vida, mas também a redução dos custos sociais e econômicos associados à demência.