Este ataque se insere em um contexto de escalada de tensão na região, com trocas de artilharia de ambos os lados. No mesmo dia do ataque em Haifa, Israel bombardeou cerca de 1.300 alvos do Hezbollah no sul do Líbano e no Vale do Bekaa, resultando em 356 mortos, incluindo mulheres e crianças, e mais de 1.240 feridos.
Um morador de Kiryat Motzkin, no norte de Israel, identificado como Ofer Levy, expressou sua preocupação com a segurança de seus três filhos diante da situação de violência constante na região. Os ataques do Hezbollah não são algo novo, com mais de 100 foguetes, mísseis de cruzeiro e drones disparados em direção ao norte de Israel no domingo, com um deles atingindo um bairro residencial em Kiryat Bialik.
As consequências desses ataques têm afetado não apenas a segurança dos moradores, mas também os serviços médicos da região. O Ministério da Saúde de Israel ordenou que hospitais transferissem seus pacientes para áreas protegidas, levando a mudanças operacionais em hospitais de Haifa, Safed, Nahariya, Afula, Tiberíades e Nazaré. Cirurgias eletivas foram canceladas, e o Hospital Rambam em Haifa precisou transferir suas operações para um estacionamento subterrâneo fortificado.
Além disso, o Ministério da Educação determinou o fechamento de escolas em várias localidades no norte, impactando cerca de 500 mil estudantes. O distrito de Haifa, sozinho, possui 110 mil alunos, evidenciando o impacto desses ataques na rotina da população.
O clima de tensão e medo é palpável entre os moradores, que vivem sob constante ameaça de ataques do Hezbollah e relembram a guerra de 2006 entre o grupo libanês e Israel. Em meio a um cenário de incertezas, as perspectivas de paz e segurança na região parecem cada vez mais distantes, enquanto os ataques e confrontos entre as partes envolvidas persistem. Essa escalada de violência coloca em risco não apenas a vida dos civis, mas também a estabilidade da região do Oriente Médio.