Mais de 88 milhões de hectares de florestas foram destruídos em países como Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Essas florestas desempenham um papel crucial na captura de carbono e na regulação do clima global. No entanto, a região amazônica está passando por uma transformação acelerada, com um aumento alarmante no uso do solo para atividades como mineração, agricultura e pecuária.
Segundo especialistas da RAISG, muitos ecossistemas estão sendo substituídos por pastagens, plantações de soja, palma de óleo e outras monoculturas, além de grandes áreas de mineração. Essa perda de cobertura vegetal está resultando na emissão de carbono na atmosfera, comprometendo a regulação climática e o ciclo hidrológico da região. Como consequência, eventos climáticos extremos estão se tornando mais frequentes e intensos, impactando não apenas a Amazônia, mas todo o planeta.
Os incêndios florestais que vêm assolando diversos países amazônicos nas últimas semanas são reflexo desse cenário de degradação. Além disso, a seca tem causado a redução dos níveis dos rios amazônicos, colocando em risco a biodiversidade e a vida de milhões de pessoas que dependem desses recursos hídricos.
Apesar dos esforços de alguns governos para conter o desmatamento na Amazônia, 2023 registrou o maior pico das últimas duas décadas, com 3,8 milhões de hectares devastados. Diante desse cenário preocupante, é fundamental que os países amazônicos adotem medidas urgentes para combater as pressões e ameaças que colocam em risco a sobrevivência desse importante ecossistema e de toda a vida no planeta.