A crise hídrica no Equador atingiu um marco alarmante, levando à declaração de alerta vermelho em 20 das 24 províncias do país. O secretário de Gestão de Riscos, Jorge Carrillo, informou que o déficit hídrico atual é o pior dos últimos 61 anos, levando o Comitê de Operações de Emergência (COE) a agir rapidamente.
O governo equatoriano, liderado por Daniel Noboa, implementou apagões programados de seis horas por dia em uma tentativa de mitigar a escassez de energia, que vem afetando o país de maneira severa. A província de Chimborazo foi a mais recente a ser declarada em estado de emergência, devido à grave situação.
Além da crise energética, a seca também impactou o abastecimento de água potável e a produção agrícola, agravando centenas de incêndios florestais em todo o país. As Ilhas Galápagos e as províncias andinas, como Pichincha e as amazônicas, estão entre as mais afetadas.
Os racionamentos de luz, que começaram no domingo, devem continuar ao longo da semana, com interrupções programadas em diferentes horários e setores. No entanto, alguns atrasos foram registrados na implementação dos cortes, causando preocupação entre a população e setores produtivos do Equador.
Apesar de chuvas terem sido registradas no sul do país no fim de semana, as autoridades destacaram que o aumento do nível do reservatório da hidrelétrica Mazar foi insuficiente para reverter a situação. A crise energética tem impactos econômicos significativos, com a estimativa de que o Equador perca cerca de 12 milhões de dólares por cada hora de apagão.
Diante desse cenário desafiador, a população equatoriana aguarda ansiosamente por medidas eficazes do governo para lidar com a crise hídrica e energética que assola o país. A situação requer um plano estratégico e ações imediatas para garantir a segurança e o bem-estar de todos os cidadãos equatorianos.