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Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos alertam para perigo de atrocidades iminentes no Sudão em reunião na Casa Branca

Os Estados Unidos e os Emirados Árabes Unidos emitiram um alerta conjunto nesta segunda-feira (23) sobre o perigo de “atrocidades iminentes” no Sudão, país que tem sido devastado por uma guerra desde 2023. A guerra entre as paramilitares Forças de Apoio Rápido (FAR) e o Exército regular sudanês resultou na maior crise de deslocados do mundo, afetando milhões de pessoas e resultando em aproximadamente 150 mil mortes, conforme algumas estimativas.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebeu em uma reunião na Casa Branca o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed bin Zayed Al Nahyan. Em uma declaração conjunta após o encontro, os líderes expressaram preocupação com o risco iminente de atrocidades em Darfur, região devastada pela guerra no Sudão, e pediram um cessar-fogo imediato.

Apesar da preocupação com as atrocidades, Biden e Al Nahyan evitaram mencionar que o Exército sudanês acusa os Emirados de apoiar os paramilitares, a quem os EUA responsabilizam por crimes contra a humanidade e limpeza étnica em Darfur.

Durante a reunião, o presidente emiradense também se encontrou separadamente com a vice-presidente e candidata presidencial democrata, Kamala Harris, para discutir a profunda preocupação com o conflito no Sudão. Além disso, os líderes abordaram a guerra entre Israel e o Hamas em Gaza, desencadeada por um massacre cometido pelos combatentes do movimento islamista palestino em território israelense.

É esperado que os Emirados Árabes Unidos contribuam para a reconstrução da Faixa de Gaza após o fim do conflito. O país, rico em petróleo, busca diversificar sua economia e procura cooperação econômica e tecnológica com os Estados Unidos, especialmente no campo da inteligência artificial.

Em resumo, a relação estratégica entre os Emirados e os EUA é marcada pela ênfase na economia. Os líderes discutiram a importância da cooperação entre as nações para impulsionar o desenvolvimento tecnológico e econômico, enquanto buscam soluções para os conflitos na região.

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