Durante a ocupação, os estudantes protestavam contra mudanças nas regras de concessão de bolsas e auxílios financeiros para assistência estudantil. Entre as reivindicações dos estudantes estava a revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa 038/2024, que estabelecia alterações nos critérios para o recebimento de auxílio alimentação e outros benefícios. As novas regras excluíram mais de mil estudantes dos benefícios, o que gerou insatisfação e resistência por parte dos ocupantes.
Durante a desocupação, houve confronto entre os estudantes e a polícia, com uso de bombas de efeito moral e detenções. Inclusive, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi detido ao tentar defender os estudantes durante a ação policial. A Universidade identificou danos estruturais no prédio, como quebra de paredes, portas e pias, além do sumiço de discos rígidos de computadores que continham informações sensíveis e de pesquisa.
A Uerj abriu uma sindicância para apurar os responsáveis pelas depredações e pelo desaparecimento dos HDs. Além disso, medidas de transição foram estabelecidas pela instituição, como o pagamento de auxílio-transporte e alimentação para os estudantes afetados pelas novas regras. Uma audiência de conciliação foi realizada, porém não houve acordo, e a juíza determinou a desocupação da universidade, garantindo o direito à reivindicação dos estudantes.
Apesar dos conflitos e da desocupação forçada, a Uerj segue em busca de soluções para garantir o bem-estar e a assistência necessária aos estudantes em situação de vulnerabilidade social. A próxima audiência está agendada para o dia 2 de outubro, com o intuito de buscar um acordo sobre os valores das bolsas de estudo e dos demais auxílios.