As fortes chuvas que assolaram a região desde o último sábado resultaram em um acumulado de mais de 540 milímetros em apenas 72 horas na cidade de Wajima, estabelecendo um recorde local desde que os registros meteorológicos foram iniciados. Essa situação foi agravada pelo terremoto de magnitude 7,5 que atingiu Ishikawa no Ano Novo, deixando um rastro de destruição e pelo menos 374 mortos.
Além das vítimas fatais, a tempestade causou a inundação de casas de emergência construídas para abrigar aqueles que perderam suas residências no terremoto anterior. Estradas foram bloqueadas devido aos deslizamentos de terra e diversos centros populacionais ficaram isolados. Cerca de 4 mil casas ficaram sem energia elétrica após as tempestades, privando os moradores de um serviço essencial.
Diante da gravidade da situação, o Exército mobilizou tropas para a região para auxiliar nos esforços de resgate. Uma moradora local, Akemi Yamashita, descreveu como os últimos meses em sua cidade se assemelham a um filme. Ela relatou que, em questão de minutos, as ruas de Wajima estavam inundadas até a metade da altura de seu carro, demonstrando a intensidade das chuvas que assolaram a região.
Os cientistas alertam que as mudanças climáticas provocadas pelas atividades humanas aumentam o risco de chuvas extremas, à medida que a atmosfera retém mais umidade devido ao calor. Diante desse cenário, é fundamental que medidas sejam tomadas para prevenir catástrofes como a que assolou o Centro do Japão, impedindo a perda de vidas e reduzindo os impactos negativos sobre a população local.