Repórter Recife – PE – Brasil

Presidente iraniano acusa Israel de ampliar conflito no Oriente Médio durante mesa redonda na ONU em Nova York.

O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, fez duras críticas a Israel durante uma mesa redonda com jornalistas na sede das Nações Unidas, em Nova York, nesta segunda-feira (23). Ele acusou Israel de tentar aumentar o conflito no Oriente Médio e negou que o Irã esteja desestabilizando a região.

Pezeshkian, um líder considerado moderado que assumiu o cargo em julho, afirmou que Israel estava tentando criar um conflito mais amplo na região, enquanto o Irã busca a paz. Ele mencionou o bombardeio do Líbano pelo Estado judeu como uma ação provocativa que aumentou as tensões na região.

As acusações de Pezeshkian acontecem em um momento delicado, com os Estados Unidos tentando negociar um cessar-fogo na guerra em Gaza. O Irã também foi alvo de críticas do Ocidente após o assassinato do chefe político do grupo Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, em uma operação atribuída a Israel.

O presidente iraniano ressaltou que resolver os conflitos na região é do interesse de todos, pois uma guerra no Oriente Médio causaria prejuízos para toda a comunidade internacional. Ele destacou que Israel estaria cometendo atrocidades diárias, atacando civis e hospitais, e culpando o Irã pela insegurança na região.

Além disso, a recente escalada de violência entre Israel e o grupo xiita Hezbollah no Líbano também foi abordada por Pezeshkian. Ele alertou que a situação era preocupante e que ambas as partes precisavam buscar uma solução pacífica para evitar uma catástrofe na região.

A troca de ataques entre Israel e Hezbollah já resultou em centenas de mortes de civis e uma tensão crescente entre os dois lados. Enquanto Israel afirmava estar visando depósitos de armas do Hezbollah, o grupo xiita prometeu uma “punição justa” em resposta aos ataques israelenses.

Com a escalada do conflito e o aumento da violência, a comunidade internacional teme que a situação possa sair do controle e resultar em uma guerra mais ampla no Oriente Médio. Tanto Israel quanto o Hezbollah parecem determinados a continuar com as hostilidades, o que coloca em risco a estabilidade da região.

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