A medida foi solicitada pelo procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, em 18 de setembro, e confirmada pela sala de cassação penal do TSJ. Além de Milei, a ordem de prisão inclui também Patricia Bullrich, ministra da Segurança argentina, e Karina Milei, secretária-geral da presidência argentina.
As acusações contra Milei e seus ministros incluem “roubo agravado, lavagem de dinheiro, simulação de fatos puníveis, privação ilegítima de liberdade, interferência ilícita na segurança operacional da aviação civil, uso de aeronaves, além de associação criminosa”.
A aeronave venezuelana, que foi vendida ao país pela companhia aérea iraniana Mahan Air e retida em Buenos Aires durante o governo de Alberto Fernández, teve sua tripulação impedida de deixar o país até outubro de 2022. Em fevereiro deste ano, o avião foi confiscado pelos Estados Unidos, com autorização de um juiz.
A relação entre Venezuela e Argentina já vinha se deteriorando desde a chegada ao poder do presidente argentino de extrema direita. A situação se agravou após a reeleição do presidente venezuelano, que não foi reconhecida por Buenos Aires e é alvo de denúncias de fraude da oposição, levando ambos os países a retirarem seu pessoal diplomático.
Esta ordem de prisão emitida pelo TSJ da Venezuela representa mais um capítulo na conturbada relação entre os dois países, refletindo as tensões geopolíticas e as disputas de poder na região.
