Repórter Recife – PE – Brasil

Venezuela busca normalizar relações externas após asilo de opositor na Espanha e pressão internacional

Após o opositor Edmundo González receber asilo na Espanha, a Venezuela entra em uma fase de tentativa de normalização das relações externas, mesmo diante da pressão dos Estados Unidos (EUA), da Europa e de parte dos países latino-americanos. O país caribenho tem enfrentado sanções econômicas unilaterais dos EUA, acusações de violações de direitos humanos durante os protestos pós-eleitorais e o reconhecimento de González como presidente da Venezuela pela Assembleia na União Europeia (UE).

Em meio a esses acontecimentos, uma operação policial resultou na prisão de mercenários acusados de planejar o assassinato do presidente Nicolás Maduro. Além disso, foi divulgado um documento em que o candidato González acata a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que ratificou a reeleição de Maduro. O presidente venezuelano, Maduro, se reuniu com o coordenador residente da ONU na Venezuela para discutir conspirações contra o país.

O governo venezuelano tem buscado fortalecer suas relações internacionais com aliados imunes à influência dos EUA, como Rússia, Guiné Bissau e Colômbia. No entanto, segundo o professor de relações internacionais Alexandre Pires, a Venezuela enfrenta maior isolamento após a saída de González, apesar do apoio de países como Rússia e China.

As sanções econômicas impostas pelos EUA após a saída de González afetam diretamente autoridades venezuelanas, mas não o setor petroleiro. Além disso, o governo Maduro tem sido acusado de violações de direitos humanos por uma investigação independente da ONU, o que gerou conflitos com organizações de direitos humanos e alguns países.

Diante desse cenário, a Venezuela busca dialogar com distintos setores políticos, sociais e econômicos para evitar desestabilizações. Ainda assim, a situação política e econômica do país permanece delicada, com desafios a enfrentar no cenário internacional.

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