Uma missão composta por técnicos dos ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, além do BNDES, esteve reunida com autoridades cubanas durante três dias, de quarta a sexta-feira, para discutir o assunto. Esse foi o primeiro encontro entre representantes dos dois governos, e o foco principal foi a conciliação de valores, como explicou o embaixador do Brasil em Havana, Christian Vargas.
A negociação ainda não alcançou a fase de diálogo efetivo. Atualmente, o objetivo é que ambas as partes cheguem a um consenso sobre os valores envolvidos, para então iniciar as conversas sobre os próximos passos a serem tomados. Vale ressaltar que a maior parte dos recursos em questão tem origem no BNDES, que financiava a exportação de serviços prestados por empresas brasileiras em vários países, sendo o exemplo mais conhecido o Porto de Mariel, próximo a Havana.
Já em relação à dívida da Venezuela com o Brasil, a situação parece mais complexa. Com um débito de aproximadamente US$ 1,5 bilhão, as negociações estão estagnadas e, diante da crise econômica e das sanções impostas pelos Estados Unidos, a Venezuela tem enfrentado dificuldades para quitar seus compromissos e retomar o acesso a crédito brasileiro.
Em contrapartida, o cenário com Cuba parece mais otimista, com a possibilidade de avanços na resolução da dívida e no restabelecimento de relações financeiras entre os países. A busca por uma solução negociada com Cuba evidencia a importância do diálogo e da cooperação entre as nações para superar impasses financeiros e fortalecer os laços econômicos internacionais.
