Laura Pritschet, pesquisadora de pós-doutorado em psiquiatria na Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia, cofundadora do estudo, explicou que essa mudança é um fenômeno persistente ao longo da vida, embora o grau em que ocorre possa variar de indivíduo para indivíduo.
Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores realizaram exames de ressonância magnética em um homem de 26 anos, 40 vezes ao longo de 30 dias, nos horários de 7h e 20h. Os resultados mostraram que os níveis dos três hormônios estão mais elevados pela manhã, diminuindo consideravelmente à noite.
A equipe científica também identificou que as alterações no volume cerebral coincidem com as oscilações nos hormônios esteroides. Ou seja, quando os níveis hormonais aumentam, o cérebro sofre alterações no seu volume, sendo que a diminuição desses hormônios foi associada a uma redução no volume cerebral.
As partes mais afetadas do cérebro são a espessura do córtex, principalmente os córtices occipital e parietal, bem como a matéria cinzenta, que perde cerca de 0,6% do seu tamanho original. Regiões mais distantes do cérebro, como o cerebelo, tronco cerebral e partes do hipocampo, também apresentaram diferenças significativas.
Contudo, os pesquisadores ressaltam que ainda não está completamente claro como a queda hormonal está relacionada às modificações cerebrais. Ainda assim, os resultados desmistificam a crença de que os hormônios apenas afetam as mulheres, ressaltou Elle Murata, outra coautora do estudo.