A determinação de soltura foi feita em resposta a um pedido de habeas corpus da defesa de Darwin Henrique da Silva Filho, CEO da Esportes da Sorte, apontado como figura central do esquema pela Polícia Civil. No entanto, o cantor Gusttavo Lima, cuja prisão preventiva havia sido decretada no mesmo dia, não foi beneficiado.
O desembargador Maranhão justificou sua decisão com base no pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para que a Polícia Civil ampliasse as investigações antes de formalizar a denúncia. Ele destacou a falta de elementos sólidos para embasar uma acusação formal, o que configuraria um “constrangimento ilegal” caso as prisões preventivas fossem mantidas.
Embora as prisões tenham sido relaxadas, o bloqueio de bens dos envolvidos foi mantido para garantir que não voltem a atuar em atividades relacionadas ao esquema. Alguns dos beneficiados pela decisão foram Maria Eduarda Quinto Filizola, esposa de Darwin Henrique, e familiares próximos do empresário, bem como os donos da plataforma Vai de Bet, Jose André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Trutta Henriques Rocha, que estão foragidos.
Apesar da decisão favorável a vários investigados, quatro permanecem com a prisão decretada aguardando desdobramentos do processo judicial: Bóris Maciel Padilha, Thiago Lima Rocha, Flavio Cristiano Bezerra Fabricio e Gusttavo Lima. A juíza de primeira instância Andrea Calado da Cruz havia rejeitado um pedido do MPPE para liberar os acusados anteriormente, mantendo as prisões preventivas e decretando a prisão de Gusttavo Lima.