Ministra do STJ defende melhoria das relações entre homens e mulheres nos espaços de trabalho do Judiciário

A ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), fez uma importante declaração durante a sessão da Primeira Turma do STJ nesta terça-feira (24). Ela defendeu a necessidade de melhorias nas relações entre homens e mulheres nos espaços de trabalho do Poder Judiciário.

O contexto para a declaração da ministra foi o episódio de constrangimento causado pelo ministro Gurgel de Faria durante uma reunião na semana anterior. Na ocasião, o ministro se retirou da sessão depois que Regina Helena começou a ler seu voto em um dos casos julgados pelo colegiado.

Regina Helena recebeu apoio de diversos ministros, entidades e coletivos femininos após o ocorrido. Ela aproveitou a oportunidade para fazer um apelo por uma melhoria no relacionamento entre homens e mulheres no Judiciário.

Durante a sessão em questão, a ministra foi interrompida por Gurgel de Faria logo após começar a leitura de seu voto. O ministro questionou se ela pretendia continuar a leitura mesmo após o pedido de vista feito pelo presidente da turma. Regina Helena afirmou que estava apresentando seu voto, mas Faria interrompeu novamente pedindo que ela lesse apenas a ementa.

A situação gerou desconforto e culminou com a saída do ministro da sessão. Após a divulgação do vídeo pela imprensa, Gurgel de Faria emitiu uma nota de desculpas à ministra, lamentando o ocorrido e reconhecendo o equívoco de sua postura.

A declaração da ministra Regina Helena Costa ressalta a importância da igualdade de gênero e do respeito mútuo entre os profissionais no ambiente de trabalho, especialmente em um órgão tão relevante como o Poder Judiciário. Esse episódio serve como alerta e destaca a necessidade de promover um ambiente de trabalho mais harmonioso e respeitoso para todos os envolvidos.

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