Em seu discurso, o ex-presidente afirmou que o Brasil não tolerará mais crimes ambientais e se comprometeu a acabar com o desmatamento ilegal até 2030. Ele destacou a importância do multilateralismo como forma de enfrentar a urgência climática e ressaltou que o país está se tornando um celeiro de oportunidades na transição energética para energias limpas e alternativas.
Lula também mencionou a Amazônia, que enfrenta a pior estiagem em 45 anos, e alertou sobre os incêndios florestais que já consumiram milhões de hectares. Ele garantiu que seu governo não vai terceirizar responsabilidades nem abrir mão da soberania nacional. Além disso, o presidente afirmou que é essencial ouvir os povos indígenas e as comunidades tradicionais na busca por soluções para as florestas tropicais.
No que diz respeito à pobreza, Lula defendeu a equação da dívida externa dos países mais pobres e destacou a necessidade de uma representação mais adequada dos países em desenvolvimento em instituições financeiras internacionais. Ele criticou a desigualdade crescente no mundo, apontando para o fato de que as maiores empresas do mundo lucraram significativamente nos últimos anos, enquanto a fome e a pobreza aumentam.
Em relação aos conflitos armados, o presidente brasileiro destacou a importância da reforma da ONU para lidar com os desafios atuais. Ele mencionou conflitos esquecidos, como a guerra no Sudão e no Iêmen, e ressaltou a gravidade da situação na Ucrânia e no Oriente Médio. Lula também fez um apelo pela retomada do diálogo entre russos e ucranianos como forma de evitar uma escalada ainda maior de violência.
O discurso de Lula na ONU reflete as prioridades do Brasil no cenário internacional, incluindo o combate às desigualdades, à fome e às mudanças climáticas. O presidente demonstrou preocupação com a falta de cooperação global e defendeu a necessidade de ações conjuntas para enfrentar os desafios atuais e garantir um futuro mais justo e sustentável para as gerações presentes e futuras.
